segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Reine Sobre Mim


Interessante esse novo filme de Adam Sandler. Tentando repetir o êxito que sua atuação teve com o ótimo "Embriagado de Amor", Sandler protagoniza, ao lado do ótimo Don Cheadle, esse drama intimista.

Dirigido por Mike Binder (do ótimo "A Outra Face da Raiva"), é sobre esse ex-dentista (Sandler) que perdeu a esposa e as filhas no 11 de setembro e desenvolve estresse-pós-traumático se isolando de tudo e de todos. Nesse meio um ex colega de faculdade (Cheadle) o reencontra e os dois desenvolve uma estranha amizade.

Sandler entrega uma boa atuação, porém as vezes exagerada ou inexpressiva. P.T. Anderson soube utilizar melhor esse "recurso" do ator do que Binder, ao que me parece. Binder, o diretor, aliás, revela o gosto por personagens fortes e traumatizados. Em "O Outro Lado da Raiva" tivemos desempenhos fantásticos de Joan Allen e Kevin Costner, ambos personagens machucados (ela pela perda do marido, ele pelo alcolismo) e fortes. Com o personagem de Sandler não é diferente, apesar deste ser um ator um tanto quanto "limitado".

"Reine Sobre Mim" é um filme interessante, correto, mas acaba faltando alguma coisa nesse meio aí. Talvez um roteiro mais bem acabado e uma exploração melhor do personagem de Sandler ajudassem.

Reine Sobre Mim (Reign Over Me)
Cotação: Bom

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Série: Chuck


Criada por Josh Schwartz, o mesmo de "The O.C.", "Chuck" é uma das melhores estréias do ano na tv americana. A série é sobre Chuck (Zachary Levi), um atendente de uma loja de departamentos que, ao receber um e-mail cheio de informações secretas do governo, acaba "baixando" todos os dados contidos na mensagem para seu cérebro, se tornando então um "banco de dados ambulante" e virando um valioso informante. Tanto a NSA quanto a CIA mandam seus melhores agentes (Adam Baldwin e Yvonne Strahovski) para proteger Chuck.

Schwartz joga um pouco da fórmula de "The O.C." no meio; temos aquele rockzinho "indie"; várias referência a cultura pop/nerd e o personagem de Levi parece um Seth Cohen com quase que 30 anos.

Alias, Levi é um dos destaques do elenco, juntamente com seu parceiro Joshua Gomez. Este último é aquele típico sidekick que não para de falar durante um minuto, sempre fazendo gracinhas. Adam Baldwin, fazendo um papel mais cômico, light, está divertidíssimo também.

"Chuck" está sendo exibida desde o final de setembro lá fora pela NBC e estréia em novembro no Warner Chanel. Recomendo.

Chuck (idem)
Cotação: Ótimo

domingo, 14 de outubro de 2007

Estrada Maldita

Emily Blunt despontou para o sucesso em "O Diabo Veste Prada", aonde roubava a cena de Anne Hathaway. Ashton Holmes foi descoberto devida a sua particapação no excelente "Marcas da Violência", em que contracenava com Viggo Mortensen. Os dois se unem no terror "Estrada Maldita" do diretor Gregory Jacobs.

Jacobs é habitual companheiro do diretor Steven Soderbergh, tendo trabalhado com este diversas vezes como assistente de direção. Estreiou no cinema com a decente refilmagem do sensacional argentino "Nove Rainhas", que aqui ganhou o nome de "171". Nesse "Estrada Maldita", Jacobs realiza um trabalho interessante, apesar do roteiro ser por demais indeciso e cheio de furos.

A história é interessante: dois colegas de faculdade pegam carona para passar o feriado de natal em casa, mas acabam, ao pegar um atalho, sofrendo um acidente. Eles acabam por perceber que não estão exatamente sozinhos, e que as pessoas que ali morreram estão de volta.

O roteiro, escrito pelo estreiante Joseph Gangem e por Steven Katz, responsável pelo original "A Sombra de um Vampiro", é indeciso demais, vago demais. Começa como um agradável road-movie, com muito diálogo. Até aí, é interessante, mas, quando embarcamos na história de "fantasmas" nada faz muito sentido, é tudo muito corrido e mal apresentado.

O elenco, composto basicamente por Blunt, Holmes e uma pequena particapação de Martin Donavan, é até que bom, apesar de Blunt não convençer nada como uma universitária, aparenta ser velha demais para o papel.

"Estrada Maldita" é um filme que caminha bem em sua metade inicial, mas acaba pecando por ter um roteiro furado e mal-escrito, o que acaba tornando o filme dessinteressante demais.

Estrada Maldita (Wind Chill)
Cotação: Regular/Ruim

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Resident Evil 3: Extinção

O primeiro "Resident Evil" era um filme ruim. Mas ruim mesmo.

O segundo era aquela coisa mais ou menos. Tinha uma produção melhor, até a história tinha melhorado, mas o final demolia de uma maneira tão tosca tudo o que o filme tinha construído até então que o resultado final não agradava.

Esse terceiro filme da série, agora com o subtítulo "Extinção" é um filme de ação até que bacaninha, se você não esperar grandes coisas dele.

Primeiro ponto positivo: tem a maravilhosa Milla Jovovich e a Ali Larter no elenco. Essas duas beldades são verdadeiros colírios para os olhos, e a gente até esqueçe como q elas mantem uma pele tão linda no deserto norte-americano.

Segundo ponto, nem tão positivo: chupinharam coisas na cara dura do fantástico "Mad Max 2" (já comentado nesse blog neste post aqui). Podemos até considerar um ponto positivo, vai, já que lembrar de "Mad Max 2" é sempre uma coisa boa.

Terceiro ponto: Russell Mulcahy. O diretor do clássico "Highlander" sabe bem como comandar as cenas de ação, apesar de, as vezes, abusar de corte rápidos demais, que acabam tornando as coisas um pouco confusas.

Apesar de ter um roteiro furado, alguns efeitos mal-feitos e, em algumas momentos, lembrar "O Exterminador do Futuro", "Resident Evil 3: Extinção" é um filme que cumpre bem o papel de entreter durante 1h e 30min, mas apenas isso.

Resident Evil 3: Extinção (Resident Evil: Extinction)
Cotação: Bom

domingo, 7 de outubro de 2007

Tropa de Elite

"Tropa de Elite", baseado no livro "Elite da Tropa" de Rodrigo Pimentel, ganhou força devido as cópias piratas que circularam nos camêlos do eixo Rio-SP devido a um vazamento dentro da produtora do filme. Tem gente que acha que foi o próprio diretor, José Padilha, foi quem vazou as cópias, numa jogada de marketing. Bem, jogada de marketing ou não, o fato é que o tal vazamento das cópias piratas beneficiou e muito o filme.

O filme acompanha o dia-a-dia do BOPE, o batalhão de operações especiais, e de um capitão (Wagner Moura) que está em busca de seu substituto. Em paralelo, acompanhamos a entrada de dois amigos na corporação policial.

O destaque de "Tropa de Elite" é a atuação visceral de Wagner Moura. Seu personagem, o capitão Nascimento, é um homem no limite, entre a linha da razão e da insanidade. O elenco de apoio conta com o talento surpreendente de André Ramiro e Caio Junqueira, além de Fernanda Machado e Fernanda Freitas.

A direção de José Padilha, diretor do premiado documentário "Onibus 174", adota um estilo de direção muito parecido com seu trabalho anterior, bastante documental, intímo. Em uma entrevista, Padilha comentou que evitou usar marcação de cena, deixou a câmera e os atores livres para poderem andar aonde e para onde quisessem.

"Tropa de Elite" sobrevive ao enorme hype criado em cima de sí e prova ser um filme de ação forte, realista e atual.

Tropa de Elite (idem)
Cotação: Ótimo