segunda-feira, 14 de junho de 2010

Kick-Ass Quebrando Tudo

Ao assistirmo ''Kick Ass-Quebrando Tudo'', fica bem aparente o por que do diretor Matthew Vaughn ter tido de recorrer a fundos independentes para realizar a película. Carregado de violência e palavrão, o filme tem como maior destaque uma garotinha de 12 anos (interpretada pela ótima Chloe Moretz) que é uma verdadeira máquina de matar.

Mas o filme é muito mais do que isso, já que Vaughn (produtor de vários filmes de Guy Ritchie diretor dos eficientes ''Nem Tudo é o que Parece'' e ''Stardust-O Segredo da Estrela) é um cineasta extremamente talentoso e confiante, e isso tudo transparece muito na tela. O filme na verdade funciona como uma homenagem aos filmes de histórias em quadrinhos. Temos aqui basicamente quatro personagens principais: o protagonista Kick Ass; Hit Girl, a garotinha assassina citada acima; Big Daddy, o pai de Hit Girl e Red Mist, um jovem filho de um mafioso que também decide combater o crime. Vaughn presta homenagens às diferentes adaptações de HQ utilizando cada personagem: Kick Ass tem o universo com cores fortes, vive no subúrbio, é apaixonado por uma garota que não o corresponde, muito como o ''Homem-Aranha'' de Sam Raimi. Já o tema de Hit Girl parece saido do ''Watchmen'', de Zack Snyder, com muita câmera lenta e violência estilizada. Big Daddy parece uma atmosfera saída do ''Batman'' de Christopher Nolan e Red Mist parece que acabou de sair de ''Batman Eternamente'' e ''Batman e Robin'', de Joel Schumacher. É essa metalinguagem com as HQ's (o alter-ego de Kick Ass passa a maior parte de seu tempo numa loja de quadrinhos) que torna o filme tão interessante. É uma trama totalmente absurda, mas a confiança de Vaughn em seu material ajuda o filme a funcionar e divertir.

Kick Ass-Quebrando Tudo (Kick-Ass)
Cotação: Ótimo

sábado, 5 de junho de 2010

Príncipe da Persia: As Areias do Tempo

Depois do enorme sucesso da franquia ''Piratas do Caribe'', o próximo passo dado pelo midas Jerry Bruckheimer foi o de tentar adaptar a (divertida) série de video games ''Prince of Persia''. Todos os ingredientes para o sucesso estavam ali: diretor competente (Mike Newell), bom galã principal (Jake Gyllenhaall), efeitos especiais e muita ação. E nada deu certo.

Gyllenhaal parece perdido, os efeitos, em sua maioria, são fracos, apesar da função da adaga do tempo ter sido bem transposta para a tela, a direção de Newell é fraca e mal deixa o espectador tentar entender o filme, tamanho a quantidade de cortes empregada, além do abuso da câmera lenta. Salvam-se a beleza de Gemma Arterton e a excentricidade de Alfred Molina.

E pensar que eu já passei horas com o jogo...

Príncipe da Persia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time)
Cotação: fraco