sábado, 10 de julho de 2010

Ilha do Medo e Tudo Pode Dar Certo

É interessante notar que sem Martin Scorsese na direção, ''Ilha do Medo'' provavelmente passaria despercebido e não seria tão bom quanto é com o genial diretor no comando. O filme se segura muito bem na revisão (considerando seu grande twist no final) devido a maestria com que Scorsese conduz as cenas e, no final, o que acaba ficando na cabeça do espectador nem é a revelação final, e sim aquelas imagens maravilhosas fotografadas de maneira sensacional por Robert Richardson (apenas em sua quarta colaboração com o diretor).

Impressiona também o quanto Leonardo Di Caprio cresceu como ator sob a direção de Scorsese, e ele carrega o filme direitinho, sem nenhuma falha. O bom elenco coadjuvante também ajuda, com destaque para o carisma de Mark Ruffalo. Há de se louvar também a linda trilha sonora, que me lembrou um pouco aquelas que embalavam os filmes de Stanley Kubrick.

Enfim, um filmaço.

Já ''Tudo Pode Dar Certo'', volta do cineasta Woody Allen a Nova York depois de quase 5 anos filmando na Europa, é um pouco decepcionante. Parece que Allen aposta no fácil e óbvio para agradar a platéia, justamente quando sua carreira voltava a ser interessante pela ousadia que vinha apresentando em trabalhos como ''Match Point'' e ''O Sonho de Cassandra''. Não é de todo ruim (Larry David é a representação perfeita do diretor), mas parece muito abaixo do que poderia ter sido.


Ilha do Medo (Shutter Island)
Cotação: Ótimo

Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works)
Cotação: Bom

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